sábado, 7 de agosto de 2010

Pai?

Pai nosso que estais no céu?
Não!

Nem posso dizer 'pai', ao passo que tive vários. Vários que incumbiram para si essa função!
De modo contraditório, parto do pressuposto que não deveria haver função predefinida! Minha função como filho, deveria ser qual? Boa pergunta, não é? O importante é não esperar a resposta, não de mim, que tenho que ficar corrigindo as coisas que os outros escrevem, mas não posso corrigir minha mãe, pois ela me olha com cara feia!
Então, voltando ao assunto, pai é aquele que em que tu procuras o que falta – nele, de acordo com o que os outros pais têm; e encontras nos outros pais o que ele tem!
Minha cara deslavada nem sempre mostra minhas cicatrizes, na verdade, não mostra! Sou transparente às avessas, ninguém me conhece por dentro, não o bastante pra me entender completamente! Nem sei se eu sou capaz disso!
Sei que sou capaz apenas de ser grato pela existência – mesmo que hoje pela presença das ausências! Penso eu que esse "sentir falta" só existe por um motivo: fazer falta!
Olho-me no espelho e consigo ver as saudades em meus olhos, eles sim são transparentes!

Um comentário:

Letícia Giacomin disse...

feliz dia dos pais, beto! pq amizade inclui ser "pai", "mãe" e até um pouco mais. teamo! :)